Páginas

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A festa, o susto, o choro inconsolável

No dia 17 fomos eu, marido e Pablito na festina de aniversário de 3 aninhos da filha de um casal de amigos muito próximos. Gostamos muito da pequena, acompanhamos desde que nasceu, fomos em todas as festinhas e confesso que estava louca para ver o Pablo participando desses acontecimentos sociais, louca para exibi-lo em público, rs, para "mostrar" pra ele a criançada e a aniversariante, é claro.

Então acordamos cedo, nos arrumamos - escolhi um modelito a dedo pra mim (que disfarçasse os quilinhos a mais e deixasse as mamadeiras fáceis de serem retiradas do belo sutiã de amamentação, na hora da fome do baby), fiz chapinha, maquiei, escolhi dois modelitos pro Pablito usar, um de calor pra chegar e um de frio pra hora de ir embora, o pai colocou o mesmo conjunto básico de sempre (calça jeans e camiseta) e fomos... fomos comprar o presente... no shopping, porque depois que bebê nasce fazer coisas com antecedência é algo muito incoerente... lá, tudo tranquilo, andamos muito, Pablo super bem, hora no colo da mãe, hora no colo do pai... presente escolhido a dedo, bora pra festa.

Pablo não dormiu o caminho inteiro. Chegamos na festa, algumas horas depois do início. Já na porta do salão encontramos pai e mãe da pequena aniversariante, todos muito felizes de ver o Pablo, beijavam, conversavam, ele sério, com o olhão aberto, observando tudo. Nós, super tranquilos, entramos no salão, outros amigos e conhecidos vieram ver/conhecer/rever o Pablo O salão tava lotadérrimo de gente, a música tava no talo de tão alta e ainda era um forró, Pablo observava tudo, começava a fazer uns biquinhos, ameaçava chorar, nós distraíamos, até que...começa o choro mais longo, mais intenso, mais inconsolável, mais triste, mais cheio de lágrimas!

Fomos correndo para uma salinha mais reservada, tentei dar mamá, abraçar, beijar, conversar e nada adiantava. Até que tivemos que sair do salão, ir pra casa dos meus sogros (no mesmo condomínio da festa) e lá ficamos por umas duas horas quase, até que enfim conseguimos fazer o choro passar.

Foi uma sensação horrível, eu quase chorei junto, um misto de incapacidade, impotência, frustração e muita culpa. O choro era muito triste, tinha muita lágrima, uma boquinha muito triste e um olhar fixo na gente como se estivesse tentando dizer algo. Esgotamos todas as possibilidades: ver se tinha algo na fralda e na roupa incomodando, dar mamá, balançar, mas só depois de mais de hora no colo, muito beijinho, mamá e palavras de carinho, ele acalmou e dormiu.

Quando acordou nem parecia que tudo aquilo tinha acontecido, mas pra garantir decidimos não voltar pra festa antes que a maioria dos convidados já tivesse ido embora. Voltamos para o salão, explicamos o ocorrido, tiramos umas fotos com a aniversariante, conversamos um pouco e fomos embora.

Não sei explicar o que aconteceu, se foi o barulho, as pessoas, o lugar lotado, sono ou tudo isso junto. O importante é que depois Pablito ficou bem. Voltamos pra casa e aprendemos mais uma lição da maternidade:  evitar essa ansiedade e euforia em situações tão novas pro baby.

:)