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segunda-feira, 6 de maio de 2013

1 Ano (mas já?!?!) - parte I: das Decisões

Na gravidez, quando P. nasceu, nos primeiros meses eu nem pensava na festinha, só sabia que faria. Sempre quis comemorar, pelo simples fato da comemoração em si desse milagre que é a vida. Foram anos de expectativas, 9 meses de espera e 12 meses de puro amor, vendo cada desenvolvimento desse serzinho, cada mudança no rosto, cada descoberta...tem como não comemorar?!

No final do ano passado eu já estava louca achando que tinha demorado muito para começar a pensar, disparei pedidos de orçamento, decidi fazer em casa, depois decidi pelo salão, pensei em buffet, na casa de parente, em parque, café, McDonald`s...até que fechamos com o salão do prédio. Aí veio o dilema dos convidados, chamamos geral? Só os mais chegados? Só a família? Só as crianças? Só nós três?

Fechamos família + amigos chegados + amigos com crianças. Nisso percebemos que o salão ficaria pequeno, aí voltei a cogitar a ideia de alguar um espaço, fechar com um buffet, McDonald's... mas logo desisti porque 1) eu, e marido tbm, queríamos uma comemoração em família, pequena, íntima, centrada no nosso pequeno e com o intuito de reunir apenas os mais chegados para celebrar essa data 2) tínhamos poucas crinças convidadas, P. estava fazendo 1 ano e portanto um buffet com 350 atrações ficaria quase parado (nada contra quem opta por buffet, eu mesma sei que em breve irei optar por um, mas acho que agora a nossa ideia e a realidade não era essa) 3) se alugasse apenas um espaço maior (tipo salão só salão mesmo) teria que fazer uma logística para levar tudo, não teria a facilidade de pegar o elevador pra buscar algo que esqueceu ou para arrumar as coisas com calma.

Decidido convidados e local, começou a correria, isso porque em meados de fevereiro minha sogra que estava ajudando a tomar conta de P. durante a semana teve que ir tormar conta da mãe dela recém operada. Resultado: fiquei sozinha na semana para trabalhar (em home office com o freela), cuidar de P., cuidar da casa e decidir os preparativos da festinha.

Minha organização, com lista de tarefas, cronogramas, etapas para cumprir, datas limites, tudo foi por água abaixo. Mas consegui fechar os itens principais e, na minha opnião os mais difíceis, com bastante antecedência:

- fotógrafo: pra mim, que também trabalho na área, foi uma das tarefas mais difíceis. Difícil escolher, confiar e gostar de verdade do estilo. Pesquisei internet a fora, analisei minuciosamente cada portifólio, pedi um trilhão de orçamentos... precisava de qualidade mas também de um preço que coubesse no meu bolso;
- tema e estilo da decoração: escolhemos um tema inspirado nos Backyardgans, mais puxando pro lado do Quintal - por ter relação com o desenho; por todo o simbolismo, pq acho que representa descobertas, liberdade, conhecimento e também porque ele ama o Quintal da Cultura;
- fornecedor de decoração: e aí foi difícil porque queria fugir da decoração padrão, queria algo meio estilo festinha caseira americana. Aí gostei do estilo provençal, queria algo clean, com o colorido nos detalhes, tons alegres, mas não cansativos e por isso penei para achar, até que optamos por uma decoradora no estilo provençal e aí sim eu pude "criar" toda a festinha que eu queria. Escolhi cada cor, detalhe, personalização, etc.;
- lembrancinhas paras as crianças: queria fugir das guloseimas, uma vez que eu mesma levanto a bandeira da alimentação saudável e com o mínimo de doce - ao menos nos primeiros aninhos, mas também queria que fosse original, descolada, diferente e, também muito importante, que fosse barata porque afinal é só uma "lembrancinha";
- lembrancinhas para adultos: para os avós, bisavós e titios uma lembrancinha especial e para os amigos dos papais e primos, uma lembrancinha tradicional daquelas que vai a fotinho da criança e um versinho;
- cardápio: queria inovar, queria pirar, queria voar, queria contratar o Alex Atala, mas aí caí na real, fui no prático-gostoso-pagável: salgadinhos. Decidi pelo mesmo buffet que comprei os salgados do chá de bebê do P.  e que eram deliciosos (que depois que ele nasceu até compramos alguns salgadinhos pra estocar e servir pra quem vinha visitar, rs). Masssss, tivemos uns detalhes diferentes, de coisinhas que pesquisei e pirei e que tive a ajuda da família pra colocar em prática.

Enfim, o post tá enorme, na segunda parte detalho como ficou cada um desses itens e mais algumas outras coisas. A madrinha do Pablo tinha me dito uma vez que "festinha de 1 ano dá um trabalho" e na hora não entendi, porque pra mim tava tão certo que seria só uma festinha, simples, colorida, aconchegante, mas o que esqueci é "o aniversariante tem só 1 ano" e como conseguir arrumar tudo, trabalhar, cuidar da casa, do bebê, de você, do mundo...tudo ao mesmo tempo?




quinta-feira, 21 de março de 2013

O que eu (quase) decidi sobre maternidade e carreira profissional

Desde de que o Pablo nasceu, até mesmo durante a gravidez, eu sabia que mudaria meu "estilo de trabalho". Aquela coisa de 24x7, fazer tudo e mais um pouco, noites a dentro, grandes projetos e grandes pepinos pra resolver estariam com os dias contados. A vontade era mesmo de largar o trabalho formal, fora de casa e all day long, por freelas. O que para jornalismo e fotografia seria simples...

Pois bem, Pablo nasceu, o fim da licença maternidade chegou, eu estava numa empresa que não queria ficar, já tinha realizado grandes feitos nela (criação de departamento, criação e desenvolvimento de um baita projeto, formação e treinamento de nova equipe, muitos finais de semana de trabalho em casa, muitos finais de expediente às 23h, etc e tal) e sabia que o meu "novo perfil", mais conhecido como "mãe", não era o desejado por eles e que estava com os dias contados.

A licença materniade acabou, trabalhei uma semana (a mais difícil ever) e pronto, já estava desligada e poderia me dedicar ao meu pequeno por tempo integral. Foi um misto de liberdade, alívio, felicidade com medo astronômico, porque por mais que a possibilidade dos freelas seja real, é difícil sair de um modelo formal/tradicional de ganhar dinheiro pra pagar as contas.

Um mês depois estava com um freela fixo, que se mantém até hoje, trabalhando home office, com jornada de trabalho de horário fixo, meio período, mas numa área do jornalismo que ando meio cansada: assessoria de imprensa.

A rotina era simples: eu trabalhava, sogra cuidava do pequeno em casa, eu fazia pausas para amamentar e dar carinho. Ok que no começo não foi assim simples, porque ainda é difícil as pessoas entenderem que você está de FATO trabalhando e que precisa de tranquilidade pra isso e que interrupções paralisam todo um raciocínio e te fazem perder mais tempo ainda pra retomar. Mas com o tempo fomos encontrando uma organização melhor.

Maaaaasssss eis que tudo muda, problemas de saúde com os pais da minha sogra resultaram em ela ter que ir cuidar deles e nós, eu e marido, concordamos totalmente e apoiamos. Só que né, eis que fico sozinha pra trabalhar e cuidar de baby.

Meu sogro vem alguns dias, ajuda bem em algumas coisas, outras muitas ainda faço quase que totalmente (dar papinha, arrumar banho, dar banho, arrumar banheiro pós-banho, ajudar num troca de fralda difícil, etc) e isso gera paralizações na rotina de trabalho, atrasos. Estou atrapalhada, não dando conta. E pior: me sentindo culpada por não trabalhar direito, por trabalhar naquilo que não tenho mais tanto tesão (assessoria) e ainda mais por não estar me dedicando como gostaria ao pequeno - vide brincar, rolar no chão, passear...E mais, esse freela fixo tá exigindo cada dia mais de mim, mais demandas, mais responsabilidades, mais tempo de trabalho...
E não é tão fácil decidir mudar quando se precisa de money...e depois de longas conversas com marido eu chego a conclusão que quero mesmo dar um tempo. Não quero entrar de cabeça agora de novo num trabalho heavy, que precise da minha disponibilidade all time, que precise da minha mente focada só nele all time e de todas as minhas energias possíveis - que é o que o trabalho de assessoria exige. E que quero ficar de-fato-e-mesmo com o pequeno mais tempo durante o dia até ele completar  18 anos uns 2 aninhos. E que enquanto isso assumiria freelas com começo e fim (o de hoje é contínuo com jornada 05 dias na semana), tanto pra foto quanto pra texto - mas que pra isso preciso montar portfólios, fazer um networking...
Ok, objetivo decidido, mudança definida, só falta agora saber como fazer e como me organizar. Porque ainda assim vejo que preciso de um help com o pequeno em algum período do dia pra poder fazer esses freelas, ou não? Ou faço na madruga? Ou deixo com a babá pintadinha?
Mas e a casa? Não temos diarista, nem cozinheira, nem copeira, nem arrumadeira, só eu fazedeira de tudo e marido ajudando como pode...
Bebê na escolinha meio período? Não queria tão já, nada contra, todas azamigas tem seus pequenos na escolinha, mas não queria já, já que tô em home office, frio tá chegando, grana ainda é curta...
Babá em casa? Como escolher? Agência? Indicação da vizinha que tem trigêmeos e um time de babás e cozinheiras? Supernanny tem dia livre?

Ainda muito por decidir, mas pelo menos consegui definir, senão o rumo da carreira, o início desse novo caminho. O que mais me pegava era ter a possibilidade de trabalhos não fixos, com mais liberdade de horário que a minha área tem e não aproveitar isso pelo medo de não ter um "trabalho convencional" ou "um cargo bacana" ou de não continuar a vidaloka de dedicaçao 24x7 exclusiva à carreira. O difícil foi assumir pra mim mesma que agora eu quero é me dedicar e curtir a fase do Pablo bebezinho, bebemaiorszinho, bebêgrandinho e levar a carreira mais no modo low profile.






terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os outros 9 meses

Na verdade já são dez, rs...

O blog ficou parado um tempo justamente por falta de tempo dessa mãe aqui, e também por não saber o que de fato deveria publicar por aqui (medo de expor demais, de menos e acabei não expondo nada).

Voltemos então, firme e forte, ou quase - baby teve febre, diarréia e ainda não tá 100% e eu, bom, devo estar uns 30%, rs, mas só de ver ele melhorzinho já vale as horas não dormidas das últimas noites.

Hoje o pequeno fez 10 meses, eu, mega feliz, já é quase um rapaz! Mas tenho um texto guardado aqui no blog que escrevi quando ele completou 9 meses e achei bom publicar logo, antes do aniversário de 9 anos, :P

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Os outros 9 meses

Foram nove meses gestando, engordando, "ansiendando", pirando, comprando, contando, sonhando e hibernando. Até que nasceu o que há de mais lindo na minha vida, meu amor maior, meu filho, que completou 9 meses.

E o que eu vi nesses 9 meses de gestação fora do corpo? Porque sim, a sensação é essa, a barriga saiu (não completamente), mas o baby continua aqui, grudadinho, aninhadinho, seja mamando, seja pra acalmar, seja pra puxar os cabelos da mãe ou simplesmente pra aconhegar no meu colo, olhar nos nossos olhos e dar risadinhas mil, amooooo.

Não sei nem por onde começar, mas posso afirmar com contrações, urros e clamando pelo anestesista, rs,  que há exatos nove meses vi a maior aventura da minha vida começar. Meu gatinho sempre foi um bebê calminho, bonzinho - nos limites que um bebê pode ser. Claro que teve muito chororô nos primeiros três meses, teve a fase de macaquinho que não se desgrudava das mamadeiras da mamãe (só pra constar que essa fase vai e vem constantemente), teve umas cólicas aqui e outras lá, teve uma otitezinha, um resfriadinhozinho, um tombozinho com galozinho (culpa do pai, que fique claro, rs) e pra tudo isso o que teve muito foi colinho da mamãe.

Isso porque já estou vendo que a fase do "quero ir pro chão mãe" está bem próxima e sim, aqui está o meu conselho: dê colinho, dê beijinhos, dê carinho e afago, porque eles precisam, faz bem, pra eles, pra nós e pro mundo.
(Não estou dizendo pra ficar all day com baby pendurado, porque não há coluna e cansaço que aguente. Mas dar amor em livre demanda, porque vai chegar a hora do "pára mãe" e vai bater aquela saudade...)

(...) voltando à retrospectiva dos 9 meses...lembro como se fosse ontem os primeiros dias em casa, cansativos, estafantes, mas a felicidade tava lá, lá, lá atrás do sono, das olheiras, dos hormônios em montanha-russa e aparece sempre quando você pega aquele serzinho pequenino, olha naqueles olhinhos que te olham fixamente e pensa "então era você esse tempo todo", "era você que estava na minha barriga" e aí parece que conhece ele há tempos, desde sempre e como se eu estivesse esperando por ele sempre. Essa foi a sensação quando o peguei no colo logo que nasceu e ele olhou nos meus olhos como se me conhecesse - e eu também.

Os primeiros meses se resumem a uma "doação pura", o tempo inteiro e uma aceitação de que: maior que o seu cansaço é o quão perdido seu filho está . Ele chegou nesse mundão estranho, barulhento, cheio de estímulos, rostos que ele nunca viu, um espaço que ele nunca sentiu, necessidades que ele nunca se preocupou e que sim, ele precisa de você, precisa da mãe. Ok, ok, e do pai também, claro. :)

Aí, num belo dia, por volta dos 2 meses, numa madrugada em claro, com bebê sem sono, você sem energia, ele te dá o maior sorriso, olhando nos seu olhos. Pronto, uma recarregada pra aguentar o tranco. É uma sensanção avassaladora.

Depois vem os primeiros movimentos conscientes de pegar um brinquedo, pegar no seu rosto, colocar tudo na boca. Pablo sempre observou muito, ficava atento a todos os movimentos, desde muito novinho, sempre tive a sensação de que olha dentro dos nossos olhos e quando isso acontece acompanhado de um sorriso, acaba comigo.

É incrível, parece que até ontem meu pequeno era um RN, um bebezinho que fazia seus movimentos de braços e perninhas, deitadinho, olhando tudo e de uma hora pra outra foi aprendendo tanta coisa, sentou, rolou, ficou em pé e aprendeu a pegar tudo. Parece que entende tudo o que falamos, rs, uma graça. Adora uma farra. Sente mil cócegas e já chama mã-mã-mã-e (sim, até o "e" no final bem enfatizado). É de deixar essa mãe aqui abestalhada.

Cada conquista dessas foi uma lágrima do rosto dessa mãe. Pode parecer piegas, mas é verdade, e digo pra você que isso resume muito esses 9 meses, lágrimas. Lágrimas de emoção, de felicidade, de cansaço, de falta de sono, de se sentir presenteada todos os dias por acordar e ver essas buchechas lindas, os sonzinhos (dá-dá-dá) mais deliciosos, lágrimas por não conseguir dar conta de tudo (filho, casa, trabalho, casamento), lágrimas de gratidão todos os dias por ter essa pessoinha ao lado, lágrimas por admirar como a natureza é perfeita, como é mágico gerar uma vida, alimentá-la de você (desde a barriga e depois que nasce), de poder ensinar coisas boas, participar de suas descobertas (desde quando descobriu o pézinho), lágrimas por se achar culpada, por tudo, lágrimas de dúvidas, do peso da responsabilidade, do medo futuro, da incerteza, da certeza, do merecimento desse amor, lágrimas de amor... com certeza, lágrimas de amor.

Só sei que é intenso demais, que ser mãe é hard.

E que estou amando meu pequeno como nunca imaginei ser capaz.

E que nesses 9 meses descobri também que a palavra organização não sai da minha cabeça, que me faz falta, que ainda não aprendi/descobri/inventei um jeito de dar-conta-de-quase-tudo. E tenho um baita medo dessa exaustão me atrapalhar e me fazer curtir menos cada fase desse bebezinho quase "zão".

Na dúvida, enquanto isso, pego no colo, beijo, beijo, beijo, beijo e tiro muita foto.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A festa, o susto, o choro inconsolável

No dia 17 fomos eu, marido e Pablito na festina de aniversário de 3 aninhos da filha de um casal de amigos muito próximos. Gostamos muito da pequena, acompanhamos desde que nasceu, fomos em todas as festinhas e confesso que estava louca para ver o Pablo participando desses acontecimentos sociais, louca para exibi-lo em público, rs, para "mostrar" pra ele a criançada e a aniversariante, é claro.

Então acordamos cedo, nos arrumamos - escolhi um modelito a dedo pra mim (que disfarçasse os quilinhos a mais e deixasse as mamadeiras fáceis de serem retiradas do belo sutiã de amamentação, na hora da fome do baby), fiz chapinha, maquiei, escolhi dois modelitos pro Pablito usar, um de calor pra chegar e um de frio pra hora de ir embora, o pai colocou o mesmo conjunto básico de sempre (calça jeans e camiseta) e fomos... fomos comprar o presente... no shopping, porque depois que bebê nasce fazer coisas com antecedência é algo muito incoerente... lá, tudo tranquilo, andamos muito, Pablo super bem, hora no colo da mãe, hora no colo do pai... presente escolhido a dedo, bora pra festa.

Pablo não dormiu o caminho inteiro. Chegamos na festa, algumas horas depois do início. Já na porta do salão encontramos pai e mãe da pequena aniversariante, todos muito felizes de ver o Pablo, beijavam, conversavam, ele sério, com o olhão aberto, observando tudo. Nós, super tranquilos, entramos no salão, outros amigos e conhecidos vieram ver/conhecer/rever o Pablo O salão tava lotadérrimo de gente, a música tava no talo de tão alta e ainda era um forró, Pablo observava tudo, começava a fazer uns biquinhos, ameaçava chorar, nós distraíamos, até que...começa o choro mais longo, mais intenso, mais inconsolável, mais triste, mais cheio de lágrimas!

Fomos correndo para uma salinha mais reservada, tentei dar mamá, abraçar, beijar, conversar e nada adiantava. Até que tivemos que sair do salão, ir pra casa dos meus sogros (no mesmo condomínio da festa) e lá ficamos por umas duas horas quase, até que enfim conseguimos fazer o choro passar.

Foi uma sensação horrível, eu quase chorei junto, um misto de incapacidade, impotência, frustração e muita culpa. O choro era muito triste, tinha muita lágrima, uma boquinha muito triste e um olhar fixo na gente como se estivesse tentando dizer algo. Esgotamos todas as possibilidades: ver se tinha algo na fralda e na roupa incomodando, dar mamá, balançar, mas só depois de mais de hora no colo, muito beijinho, mamá e palavras de carinho, ele acalmou e dormiu.

Quando acordou nem parecia que tudo aquilo tinha acontecido, mas pra garantir decidimos não voltar pra festa antes que a maioria dos convidados já tivesse ido embora. Voltamos para o salão, explicamos o ocorrido, tiramos umas fotos com a aniversariante, conversamos um pouco e fomos embora.

Não sei explicar o que aconteceu, se foi o barulho, as pessoas, o lugar lotado, sono ou tudo isso junto. O importante é que depois Pablito ficou bem. Voltamos pra casa e aprendemos mais uma lição da maternidade:  evitar essa ansiedade e euforia em situações tão novas pro baby.

:)




sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ninguém falou que... - Parte 01 de infinitas

- que dá saudade do parto, da dor (oi?), da espera, da ansiedade, da emoção

- que amamentar dá uma vontade louca de comer doce (e de comer o tempo todo)

- que você fica muito feliz mesmo de saber que o baby tá fazendo xixi e cocô normalmente

- e que trocar fralda dá uma satisfação, sim, isso mesmo. Explico: antes qdo via amigos e qq pai e mãe parando o que tem pra fazer pra trocar fralda já dava uma preguiça, mas agora?! Ah é tão bom saber que vc está deixando o baby mais confortável, cuidando do seu pequeno... Claro rola uma preguiça enorme, que estamos acabados, principalmente na madruga, de manhã, e sempre aceitamos a ajuda dos avós e tal, mas a satisfação do cuidado tá sempre lá

- que ficamos quase careca de verdade quando eles ainda são bebês (e portanto muito antes da aborrecência). O cabelo não cai, ele despenca, em tudo, toda hora, até dentro da fralda do filho encontramos. Desesperada procurei no sr. Google e li que é normal cair cerca de 500 fios por dia depois do parto, até os seis meses mais ou menos. Bom, tô quase juntando e vendendo pra fazer peruca

- que chegar num lugar (mesmo que em reuniões familiares) e ver seu baby pulando de colo em colo, com todas aquelas mãos cheias de dedo em cima dele, e todas aquelas bocas querendo beijá-lo é de enlouquecer uma mãe. Fico aflita, não relaxo, não sei o que fazer, fico perdida até que ele resmunga e eu falo "óóó quer a mamãe" e pego de volta, hihihi

- que colo vicia mais na mãe que no filho, pq não ela quer largá-lo, acha lindo ele dormindo, quer aproveitar ele pitico ainda no colo...(salve os momentos que desmaio de tanto sono ou que PRECISO de um banho)

- ah que sim, você esquece se você tomou banho hoje, ontem

- que cada coisinha nova que seu bebê faz dá uma felicidade tremenda e uma vontade de sair contando pro mundo TODO

- que ser mãe é tão gostoso, cansativo, louco, enlouquecedor, estressante, divertido...tão bom que dá vontade de ter sido antes

:)

(muitos post pela metade aguardando a pessoa aqui terminá-los, enquanto isso vamos registrando o que dá pelo celular)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

04 meses

Sabadão Pablo completou quatro meses, ainda parece que foi ontem que eu tava grávida, que ele nasceu, que era um rn pititico e hoje vejo esse bebezão delícia, todo trabalhado nas dobrinhas.

Aos quatro meses Pablito: distribui muitoosss sorrisos; dá gargalhadas das brincadeiras com mamãe e com papai; pega os brinquedinhos; coloca tudo na boca; sorri pra mim mesmo quando estou longe; dá sorrisinho e fica todo envergonhadinho quando chego de surpresa no berço; pega as roupinhas (adora segurar as roupinhas quando estamos trocando a fralda); pega os pézinhos (delícia, isso começou exatamente na semana que ia completar os quatro meses; dá impulso com as perninhas no trocador, vai pra trás e quase cai, quase rola no berço e no trocador; faz força pra sentar quando colocamos ele no nosso colo quando estamos sentados; faz da mamãe a pessoa mais feliz. :)

O horário do sono (noturno) ele adaptou nauralmente ao nosso horário, que é o horário do papai que chega em casa de madrugada, rs, ou seja, vamos dormir muito tarde e acordamos tarde, Pablito acorda pra mamar umas três vezes, em média. Durante o dia brincamos na cadeirinha de balanço dele, no bercinho, na cama da mamãe, assistimos desenho, tiramos sonequinhas no colo da mamãe (às vezes até consigo colocar no berço ou carrinho sem acordar, mas é raro) e mamamos muito, durante o dia é muito mesmo.

Começamos a notar também que Pablinho agora lembra um pouco a mamãe, rs, nasceu a cara do pai, é a cara do pai, mas já notamos alguns traços da meus, poucos, mas estão lá. O cabelinho ainda tá caindo bastante, nascendo e tudo indica que será castanho como o meu, vamos ver. Agora já acho que o narizinho é uma mistura do meu e do marido, assim como a boca, que é 98% papai, mas acho que tem 2% meus ali. As sombrancelhas estão mais grossas, bem marcadas e são parecidas com as minhas. Mas quando dorme ele se mexe muito, muito mesmo, igual ao pai, vira de um lado pro outro o tempo todo, uma graça.

E o que euzinha aqui mudei aos quatro meses de Pablo?! Choro, choro muito, choro pelo fim da licença maternidade (isso merece um post a parte), choro de amor por ele, choro de pensar na saudade que irei sentir quando voltar a trabalhar (choro por antecipação, é normal?!) e amo, amo, amo cada vez mais a cria. Ahhh, e queria conseguir atualizar mais esse blog, registrar mais os acontecimentos...








quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A gargalhada e uma mãe abestalhada

Ele fala (uma amostra de sonzinhos da língua bebezística), dá gritinhos, acompanha o som, as pessoas se movimentando, descobriu a mãozinha, chupa os dedos (às vezes a mão inteira) e outras coisitas lindas, isso tudo já há algumas semanas. Algumas coisinhas desde um pouco antes do terceiro mês, mas foi no domingo, que antecedeu o dia dos pais, que ele deu um presente deliciosamente fofo pra nós: sua primeira gargalhada.

Não apenas uma gargalhada, mas uma gargalhada deliciosa, de bebê, de bebê fofo, de bebê delícia...como aconteceu? Ah sim, 2h da manhã (na verdade já era oficialmente segunda-feira), mamãe passando as roupas do baby, porque enfim é um horário bom pra isso #not, papai distraindo o baby que não tava afim de dormir e resolveu ir pra cozinha mostrar o reflexo dele no microondas. E começou aquela velha brincadeira "Cadê o Pabloooo?!..Achou!!", pronto! O baby olhou o seu reflexo no microondas e soltou uma d-e-l-i-c-i-o-s-a gargalhada, bem demorada, com todo aquele sorriso banguelo lindo. E a mãe? Largou o ferro, saiu correndo pra ver, pra babar e pra chorar (gente, a emoção faz parte do ser mãe).

Chorei, queria filmar, queria tirar foto, queria só ver, queria babar, queria apertar, corri pela casa atrás de alguma máquina fotográfica (sou fotógrafa, isso deveria ser fácil), não encontrei, não enxerguei, procurei o celular do marido que tem uma câmera melhor, não achei, voltei pra cozinha pra tentar filmar tudo com o olho, chorei mais um pouco, sorri, babei, lembrei que só ficaria na minha memória e não ia dar pra compartilhar, pra rever com detalhes e tal, voltei a procurar uma câmera, porammm, as câmeras fugiram...finalmente acho o meu espertophone, com câmera não tão boa, mas fazer o que, vai esse mesmo e finalmente filmei, vi, revi, mostrei, i-n-ú-m-e-r-a-s vezes. A sorte é que a brincadeira rendeu, ele gargalhou muito, tanto que deu soluço, tadinho.

Bom, não sei se é normal, mas fico assim boba/besta/choro/babo/filmo várias delicinhas dessas...o fato é que nunca fui muito normal mesmo...:P

sábado, 4 de agosto de 2012

Enquanto ele mama - para registrar

A hora da mamada é especial por si só, mas também ê nessa hora que pequenas grandes fofurices acontecem e nos deixam mais bobas ainda.

Quando Pablinho tinha um pra dois meses, acho, começou a segurar a milha blusa enquanto mamava, segurava o sutiã, a camisola... E segura de verdade mesmo, como se fosse pra não deixar a mamãe escapar rs. E a outra mãozinha que fica nas nossas costas passando, puxando a blusa?! Ahh uma delícia.

E agora aos três meses, mais especificamente desde quarta-feira, eis que Pablinho tá mamando, eu começo a falar com o papai e ele larga o peito levanta a cabecinha e me olha como quem quer saber o que eu tô falando, ou é só pra me dizer que tô atrapalhando a mamada dele, rs. Em algumas mamadas ele faz isso inúmeras vezes, larga o peito, levanta a cabecinha, olha nos meus olhos e abre um sorrizão, hehe, solta uns sonzinhos pra gente conversar um pouco, faz motorzinho, enfim é o nosso momento, único, delicioso e muito comunicativo.

domingo, 8 de julho de 2012

Cadê o RN que estava aqui?



Um belo dia acordo com o chorinho mais delicioso do mundo (tá que eu tava bebum de sono, ainda sonhando, com um olho aberto e o outro fechado) levanto no susto, vou pegar o bebê que ta no carrinho do lado da minha cama e, opa! Quase não consigo levantar aquele serzinho, gordinho, cheio de dobrinhas, bochechudo, todo agitadinho....cadê o RN que eu vi nascer???

Você ouve a gravidez inteirinha que o tempo voa, que eles crescem rápido, que tem que aproveitar cada segundo, que você acorda um dia e ele já ta pedindo a chave do carro...e você simplesmente não acredita, porque os meses, ou melhor, as semanas da gravidez não voam, andam de tico-tico. Aí você pensa “capaz que quando o baby nascer vai ser diferente”, mas é. 

Não consigo acreditar que já se passaram mais de dois meses que o Pablinho nasceu, que há mais de um mês deixou de ser recém-nascido, que já ta quase usando fralda M, que já deixou pra traz a maioria das roupinhas P, que já tomou várias vacinas, que já tem um pediatra pra chamar de seu e o mais gostoso: já dá risadinhas quando me vê, quando vê o papai (e para outros familiares tbm, é simpático), segue a gente com o olhar, já solta sonzinhos, gritinhos, meche os dedinhos, faz bagunça com as perninhas na banheira...delícias que me deixam apaixonada todos os dias.

Mas aí você pensa que é assim, vida de margarina all the time. Não, cara leitora, tem sim o lado punk da história. Faz também mais de dois meses que você não sabe mais o que é dormir direito, o que é almoçar/jantar/comer qualquer coisa com calma, que você só escova os dentes quando dá, que só toma banho quando o marido chega em casa (quando não está com mais sono que sujeira), que só penteia o cabelo quando passa por um espelho (quando não passou correndo pra pegar o baby que chora no berço) e outros luxozinhos do cotidiano.

Mas quer saber?! Tudo isso você apaga, ou pelo menos coloca lá no fundo, do tipo que fica abaixo do zero na lista de grau de importância. É aquela velha frase batida e repetida, “tudo compensa”. E compensa mesmo, tanto que ao mesmo tempo que vi o meu pequeno grande baby desse tamanhão e me assustei, me peguei na culpa, a culpa do “será que aproveitei? Será que dei beijinhos, colinhos, carinhos suficientes quando ele era mais pititico? Será que o sono e o cansaço me impediram de curtir mais o comecinho dessa aventura? Será???? Será que dá pra voltar um pouquinho só praquela primeira semaninha, só pra matar a saudade? E depois voltar pro hoje e apertar esse bebê cheio de dobrinhas? Hum? :P

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Um blog pra chamar de meu

Desde a adolescência que eu não tenho um blog ou um fotolog (ainda existe?! rs), não achava uma razão para manter um diário online. Até que cerca de dois anos atrás descubro um mundo da blogsfera que não imaginava: as tentantes, as gestantes e as mães. Eu me enquadrava no primeiro grupo, mais ou menos, na verdade eu tinha acabado de perder minha primeira gravidez, estava fragilizada, acabada e deprimida e resolvi procurar na internet por histórias positivas, alegres de quem havia passado por isso mas que depois já estava grávida feliz e saudável ou já com seus pimpolhos correndo pela casa.

Daí pra frente virou um vício, passei a ler diariamente diversos blogs, engravidei de novo e quando meu baby, meu garoto, meu amor nasceu me vi perdida em tanto, mas tanto amor que a família, os amigos, o face, o twitter, o instagram já não eram suficientes pra compartilhar todo esse novo mundo que descobri. Ficou brega?! Ficou, eu sei, mas prometo, ou não, que não será só um lugar para babar e babar no baby, acho (né, pq depois que vc vira mãe as certezas ficam relativas) que vou também colocar pra fora as experiências, as dúvidas e sei lá, o que mais vier na telha.
 

E que comece o Mamãe News...

Se você acabou de chegar, fique, vai ter bolo :)